Na manhã da última quinta-feira (19), a equipe do Instituto Argonauta fazia o monitoramento de praias quando se deparou com uma situação de calamidade na Praia do Iperoig, no centro de Ubatuba (SP).
Lixos espalhados por toda a parte fizeram com que os funcionários juntassem, rapidamente, 6,5 quilos de entulho. Vendo a gravidade da situação, foi necessário um reforço com colaboradores do Instituto e do Aquário de Ubatuba para realizar um mutirão, que acabou retirando 500 quilos de lixo do local.
Encontrar lixos durante o monitoramento de praias, infelizmente, é mais comum do que se imagina. Pensando nisso que o diretor presidente de ambas as instituições (Instituto e Aquário), Hugo Gallo, sentiu a necessidade de fortalecer as ações de sensibilização que já realizava no Aquário de Ubatuba e no próprio Instituto Argonauta, implantando um projeto de qualificação e quantificação dos resíduos encontrados nas praias e, diariamente, as equipes durante o monitoramento recolhem ao menos uma sacola de lixo de cada praia.
“A quantidade de lixo encontrada hoje chamou nossa atenção e, por isso, realizamos o mutirão. A situação do lixo nas praias é muito séria e merece atenção de todos”, destaca a bióloga e coordenadora do Instituto Argonauta, Carla Beatriz Barbosa.
Com o tema cada vez mais atual e em debate, o lixo no mar é preocupante. O uso maciço de plásticos é tamanho que os oceanos abrigarão mais detritos plásticos do que peixes em 2050 estima-se pesquisa.
A ONU Meio Ambiente também se preocupa com a causa e lançou a campanha #CleanSeas, que estimula os governos a aprovarem políticas de redução de plástico, a indústria a minimizar as embalagens plásticas e redesenhar produtos e convida os consumidores a mudarem seus hábitos de descarte antes que danos irreversíveis aconteçam aos nossos mares.
O monitoramento é realizado diariamente em quase todas as praias do litoral norte paulista pelas equipes de campo do Instituto Argonauta. O Projeto de Monitoramento de Praias, PMP-BS, é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural no Pólo Pré-Sal da Bacia de Santos.
O projeto é conduzido pelo Ibama, coordenado pela Univali, e executado pelo Instituto Argonauta na região.