South to South Itacaré

Evento deixa legado

Alunos de escolas de Itacaré participam de atividades voltadas à educação ambiental durante o South to South Itacaré Surf Sound Festival no litoral sul da Bahia.

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Evento deixa legado ambiental para mais de 150 alunos de escolas das zonas urbana e rural de Itacaré. Foto: Mario Nogueira.

 

O Itacaré Surf Sound Festival apresentado pela South to South foi encerrado no último domingo (29), com vitória do paulista Deivid Silva na decisão do título com o baiano Marco Fernandez na praia da Tiririca.

 

Foram quatro dias que movimentaram a cidade com shows musicais à noite e muitas atividades e palestras realizadas por cerca de dez entidades ambientais de Itacaré, com apoio da Prefeitura Municipal de Itacaré, para mais de 150 alunos que foram recebidos na arena de um campeonato internacional de surfe, uma ação 100% aprovada e incentivada pela World Surf League como um todo, que pode até servir de exemplo para outros eventos no mundo.

Segundo Rui Barbosa da Rocha, diretor do Instituto Floresta Viva e um dos coordenadores da agenda ambiental do Itacaré Surf Sound Festival, foram muitos parceiros trabalhando juntos em um esforço inédito para o meio ambiente da cidade e da região.

 

Participaram do evento, o Instituto Floresta Viva, Recicla Itacaré, Associação de Surf de Itacaré, Instituto Estadual de Meio Ambiente da Bahia – INEMA – gestores das Unidades de Conservação na região Sul da Bahia, Instituto Baleia Jubarte, Sala Verde (espaço de educação ambiental de Itacaré), Associação Embaúba de Produtores Orgânicos, Civil Eco e Secretaria de Meio Ambiente de Itacaré.

O trabalho conjunto foi desde a reciclagem até a execução dos troféus dos finalistas do QS 1500 Itacaré Surf Sound Festival apresentado pela South to South. Segundo Rui Barbosa da Rocha, os troféus do campeão Deivid Silva, do vice-campeão Marco Fernandez e dos terceiros colocados, o catarinense Alejo Muniz e o capixaba Krystian Kymerson, foram produzidos com reaproveitamento de madeiras nobres da região, caídas de áreas rurais da região, pelo artesão de Itacaré, Fábio Alves, com imagem de pranchas e quilhas de surfe.

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Garotada aprende sobre as particularidades da Baleia Jubarte no litoral sul da Bahia. Foto: Mario Nogueira.

 

Para o público e para os 160 alunos da rede educacional urbana e rural de Itacaré, alguns que nunca tinham visto nem o mar, foram montados sete estandes com todas as entidades envolvidas trabalhando juntas, de forma inédita de acordo o coordenador Rui Barbosa da Rocha, nas palestras e atividades com os temas da flora e fauna regional, reciclagem do lixo, unidades de conservação, sobre energias renováveis e particularidades da Baleia Jubarte no litoral sul da Bahia.

Depois de assistirem as palestras e participarem das atividades de educação ambiental, as crianças iam conhecer um pouco de um campeonato internacional de surfe, depois recebiam lanches e sucos especialmente preparados pela Embaúba, entidade de agricultores orgânicos da APA de Itacaré Serra Grande, com produtos genuinamente locais, como aipim, cacau, frutas tropicais, pães integrais e biscoitos ricos em ingredientes da agricultura familiar regional.

Os alunos e as escolas foram divididos nos quatro dias do evento que marcou o retorno de Itacaré ao Circuito Mundial. “Eu tive o privilégio de ir pela manhã com a Escola Espaço Educar e foi maravilhosa a experiência. Nota 10 galera!”, escreveu o professor Leandro, da Escola Espaço Educar e voluntário no projeto social “Surfando para o Futuro” da Associação de Surf de Itacaré (ASI).

 

“Tive o privilégio de comparecer no campeonato com os alunos e gostaria de parabenizar todos os envolvidos. Foi uma manhã maravilhosa de muito conhecimento. Parabéns a todos os guerreiros que fizeram acontecer este evento tão importante na nossa cidade. Foi legal ver os alunos interagindo nos estandes e com os atletas”, completa.

Também foi promovido um projeto executivo de reciclagem experimental durante o evento, coordenado pela organização Recicla Itacaré e pela Prefeitura Municipal de Itacaré, separando material orgânico, plásticos, metais e vidros. Voluntários e monitores promoveram uma ampla consciência sobre o tema para os alunos e o público, para manter a praia limpa e toda a área do evento na praia da Tiririca.

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Alunos também participam do plantio de mudas na bacia do Riacho da Tiririca. Foto: Mario Nogueira.

 

Legado ambiental Outra grande iniciativa e um dos principais legados do Itacaré Surf Sound Festival foi a participação dos alunos no plantio de mudas na bacia do Riacho da Tiririca.

 

Segundo Rui Barbosa da Rocha, do Instituto Floresta Viva, entre 2017 e 2018 serão plantadas 10 mil mudas de árvores nativas, como pau-brasil, ingá, pau viola, guanandi, jenipapo, aroeira e jacarandá, gerenciadas pela equipe da Secretaria de Meio Ambiente de Itacaré, Condomínio Conchas do Mar, produtores locais e orientação técnica do Instituto Floresta Viva e Universidade Estadual de Santa Cruz.

As mudas foram produzidas pelo Instituto Floresta Viva e Biofábrica, com sementes de árvores nativas da região da Costa do Cacau, no Sul da Bahia. De acordo com Rui Rocha, está sendo planejado com a empresa Conchas do Mar, em colaboração com a Associação de Surf de Itacaré, Instituto Floresta Viva, INEMA e Prefeitura Municipal de Itacaré, um projeto para transformar toda a área da bacia do Riacho da Tiririca, que fica em zona urbana com remanescentes da mata atlântica, em uma reserva ambiental. É de onde vem a mesma água que os surfistas tomam banho na bica quando saem do mar na Praia da Tiririca.

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