Cinco curiosidades

O surfe em Israel

Confira cinco curiosidades que talvez você não saiba sobre o surfe em Israel.

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Arthur Rashkovan é um dos maiores incentivadores do surfe israelense. Foto: Arquivo pessoal.

 

Na última semana, o Qualifying Series de 2018 foi inaugurado com uma etapa em Kontiki Beach, em Netanya, Israel, lugar incomum para o cenário do surfe profissional, mas que há muitos anos vive a atmosfera do esporte dos reis havaianos.

Em qualquer lista com os melhores países para o surfe, Israel não aparece em nenhuma delas. Mas Arthur Rashkovan, dono de uma surf-shop em Tel Aviv, está disposto a colocar esses beach breaks israelenses no mapa. Ele é colecionador de todos os tipos de coisas ligadas ao surfe em Israel. Rashkovan também foi um dos apoiadores oficiais do Seat Pro Netanya, etapa do QS 3000 vencida pelo sul-africano Matt McGillivray no último sábado (20).

Israel não teve nenhum fotógrafo de surfe dedicado no passado, e Arthur tem tentado reunir tudo o que pode na esperança de abrir um museu do surfe israelense. Na matéria abaixo, divulgada pelo site da WSL, ele fala sobre a história do surfe no país e como funciona a cena local, além de contar sobre cinco coisas que provavelmente você não sabe sobre o surfe em Israel.

 

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Lendário Dorian “Doc” Paskowitz foi pioneiro do surfe em Israel. Foto: WSL / Arthur Rashkovan.

 

O surfe desembarcou em Israel antes de outros países na Europa

O lendário Dorian Paskowitz trouxe a primeira prancha para Tel Aviv em 1956. Seu plano original era juntar-se ao exército israelense, mas o surfe por ali pareceu muito bom para ser ignorado. Posteriormente, “Doc” deu à prancha para Topsea Kantsapolsky e Shaul Zinner, os primeiros surfistas israelenses. Conforme os anos passaram, Dorian continuou enviando mais pranchas a Israel.

 

A ASP promoveu um evento aqui em 1984

 

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Tony Moniz com fãs no evento da ASP em 1984. Foto: WSL / Arthur Rashkovan.

 

O Seat Pro Netanya apresentado pela Reef é o primeiro evento da nova era profissional em Israel, mas há 33 anos a ASP promoveu um evento em Tel Aviv que reuniu surfistas como Shaun Tomson, Wayne “Rabbit” Bartholomew, Tony Moniz, Hans Hedemann e os irmãos Ho.

Além disso, três anos depois, os israelenses decidiram criar uma equipe para o Eurosurf (antigo campeonato europeu amador), realizado na França. O time era patrocinado por uma marca que eles mesmo criaram, chamada Gazoz, terminado na surpreendente terceira posição.

O documentário abaixo cobre o evento da ASP em Israel (a partir do 21:54) e segue com os membros originais dessa equipe sobre a experiência deles no campeonato da França em 1987.

 

 

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O time de surfe israelense no Mundial europeu de 1987. Foto: WSL / Arthur Rashkovan.

 

Slater não é o maior ídolo local

Adi Gluska é uma espécie de lenda do surfe israelense. Em um evento realizado há alguns dias, ele recebeu o troféu pelo título nacional de 2017, o 12o da carreira. Ele começou a carreira no começo dos anos 1990, deixando a profissão de lado quando o surfe começou a render frutos. Na última temporada, ele decidiu voltar a competir após uma pausa de oito anos. Adi ganhou dois eventos, ficou em segundo em outros dois e terminou a campanha com o título nacional.

“Meu primeiro título foi há 22 anos”, relembra. “Mas esse foi o mais especial. Estava dirigindo para o trabalho um dia e sabia que a competição iria rolar em ondas realmente boas. Eu literalmente dei a volta em direção à praia e terminei ganhando aquele evento”, conta Adi.

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Adi Gluska é o maior ídolo local. Foto: WSL / Arthur Rashkovan.

 

O Mar Mediterrâneo é mais consistente do que você pensa

Israel fica no extremo leste do Mar Mediterrâneo e essa localização significa que qualquer coisa gerada no Mediterrâneo atinge o litoral israelense em algum momento. Embora o surfe seja proporcionado principalmente por ondulações de vento, swells ocasionais de período médio proporcionam ondas maiores de 2 metros com tranquilidade.

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Secret em Israel: Não, não se trata de Hossegor.Foto: WSL / Uri Richter.

 

E não pense que você só vai surfar em beach breaks. O litoral de aproximadamente 190 quilômetros de extensão possui recifes e fundos de pedra como qualquer outro país do mundo do surfe. Há cerca de 35 points surfados regularmente nas áreas de Tel Aviv, Nahariya, Herzliya, Ashdod, além de alguns secrets. Mas os surfistas locais são muito acolhedores e interessados ??em compartilhar informações, pois querem que todos saibam o potencial do país.

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Um dia típico em Tel Aviv. Foto: WSL / Roi Kopler.

 

Surfistas israelenses vão surfar qualquer coisa

No primeiro sinal de qualquer swell, dezenas de surfistas vão remar para os outsides de Israel. As ondulações crescem e morrem muito rápido neste país, então não há tempo para desperdiçar. O lineup pode ficar bem caótico às vezes, mas a tranquilidade e hospitalidade do povo não deixa a situação ficar tensa.

 

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Não é a onda perfeita, mas sempre se encontra algo no outside em Israel. Foto: WSL / Arthur Rashkovan.

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