Nove horas da manhã de um dia qualquer no escritório. Decido checar meu email e vejo uma mensagem do nosso fotógrafo Sidnei Machado. “Descobri um lugar perfeito para uma surf trip à moda antiga. É uma ilha pouco conhecida na costa oeste africana. Existe apenas um surfista na região”, dizia o texto.
Naquele momento, surgiram em minha mente imagens dos filmes que assisti na infância, onde piratas escondiam tesouros em ilhas praticamente secretas e repletas de coqueiros.
Depois do devaneio, retornei à pilha de papéis à minha frente, mas antes de encarar o dia a dia duro, respondi: quando partimos?
Definimos o nome do nosso destino de “Ilha Mágica”, principalmente depois de ver imagens das ondas de lá, e decidimos que nossa trip duraria uma semana.
Tudo combinado e grupo fechado: quatro amigos e um fotógrafo. Restava segurar a ansiedade até o dia do embarque.
Ficamos hospedados numa espécie de surf-house, rica em detalhes africanos, com uma comida deliciosa e ambiente extraordinário. O cara abre sua casa – onde vive com a esposa – para a galera que vai à ilha em busca das ondas.
Como os points da região ficam espalhados, ele nos guiava aos picos que melhor quebravam mediante às condições de vento e direção do swell. Ou seja, sem ele ficaríamos sete dias rodando atrás das ondas, quase com certeza sem sucesso.
Depois de alguns minutos em uma estrada exuberante, cercada por montanhas altíssimas e pelo Oceano Atlântico, chegamos em uma estradinha de terra que mais parecia o fim do mundo. Mas não, o que encontramos foi uma onda fantástica e longa, com várias sessões.
De um jeito ou de outro, acabávamos de encontrar nosso tesouro, como os antigos piratas. Não pensamos duas vezes e corremos para a outside.
Confira na galeria acima o registro da trip pelas lentes de Sidnei Machado.