Na última semana, o catarinense Teco Padaratz fez um desabafo em seu perfil no Instagram ao ser cobrado pela companhia aérea Latam pelo transporte de suas pranchas.
Para evitar surpresas, antes do embarque é essencial saber qual a política da empresa na hora de transportar os foguetes.
Além disso, é bom estar por dentro das novas regras da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) para a franquia de bagagem, que entraram em vigor em março deste ano.
Se antes as companhias eram obrigadas a transportar uma bagagem de até 23 kg por passageiro (em voos domésticos), agora elas passam a cobrar por este serviço.
Ou seja, se você optar por despachar uma mala, terá que pagar um adicional* em cima do valor da passagem.
O objetivo da ANAC é aumentar a concorrência e proporcionar que as empresas ofereçam passagens com preços baixos quando não há necessidade de se despachar as malas. Isso já acontece na grande maioria dos países.
Mas no Brasil é diferente, e as passagens só ficaram mais caras depois das novas regras, como mostra a reportagem do jornal Correio Braziliense.
Para aliviar a dor de cabeça, o Waves entrou em contato com as quatro principais companhias aéreas do Brasil: Latam, GOL, Azul e Avianca para saber como anda a política para o transporte de pranchas em voos nacionais.
Essa é a primeira parte da reportagem, que em breve também vai revelar os valores cobrados por estas e outras companhias em viagens internacionais.
Transporte de pranchas em VOOS DOMÉSTICOS
Azul
De longe a pior opção. A companhia aérea cobra R$ 150 por prancha. E não adianta nem chorar ou tentar colocar duas no sarcófago falando que tem uma. Como nos alertou o surfista Thiago Camarão, na hora do embarque eles abrem o case e contam quantas pranchas estão dentro.
Ou seja, além do valor cobrado a mais pelos 23 kg de bagagem, o surfista tem que desembolsar R$ 150 por prancha que irá transportar.
Avianca
Emoção até o embarque. Depois de várias tentativas, conseguimos falar com um representante da companhia. Ele nos garantiu que a empresa não está cobrando nem um centavo a mais para transportar as pranchas, apesar de no site constar o valor R$ 60 para voos domésticos.
Alertado sobre o valor mostrado no site, o atendente consultou o supervisor, que deve ter consultado outro supervisor (pelo tempo de espera) para enfim me alertar que esse valor de R$ 60 pelo transporte de pranchas começará a ser cobrado em breve.
Então se quer voar de Avianca, é melhor se apressar.
Resumindo, dentro daqueles velhos 23 kg cobrados pela franquia de bagagem, pela Avianca ainda não é cobrado o transporte dos foguetes para voos DOMÉSTICOS (para voos internacionais a companhia cobra). Assim, o surfista pode levar uma case com até três pranchas, desde que não ultrapasse os 23 kg e 3 metros lineares (soma do comprimento, altura e largura).
Latam
Confuso. A política de bagagem no e-mail enviado pela empresa alerta que “No dia da sua viagem, avaliaremos se há alguma cobrança adicional ou se o objeto requer algum cuidado especial no transporte.”
Mas pelo visto o caso de Teco não é exceção. Nem precisamos insistir muito e o atendente da empresa confessou: estão cobrando R$ 110 (o mesmo valor revelado por Teco) por considerarem a prancha “Bagagem Especial”.
Na Latam, você pode levar até três pranchas no sarcófago por este valor, desde que não tenham nenhum milímetro a mais que os 300 cm lineares.
GOL
“A companhia aérea do surfe”. Esse poderia ser o slogan da empresa, pois lá não é cobrado nada além da franquia de bagagem pelo transporte de prancha.
Ou seja, na GOL você compra a franquia de bagagem, coloca em uma capa adequada (claro), e pode levar quantas pranchas quiser dentro do sarcófago (desde que não excedam 23 quilos). Se exceder esse limite, terá que desembolsar R$ 12 por quilo.
*Os valores cobrados pela franquia de bagagem (regras ANAC) variam de companhia por companhia e do momento quando é comprado (na hora da compra da passagem, no site ou no aeroporto).